Inês de Castro, pela qual D. Pedro viria a apaixonar-se, era filha de um fidalgo castelhano e de uma dama portuguesa. Era uma das aias de D. Constança, esposa de D. Pedro (estão a ver a cena, não é??)
Este romance começou a ser comentado e foi mal aceite na corte e mesmo pelo povo. (imaginem as más línguas!!)
D. Afonso IV, pai de D. Pedro, não aprovava a relação com D. Inês e mandou-a afastar para um castelo perto da fronteira. (a fronteira era com Leão e Castela, actualmente parte da Espanha. Também só podia ser, não é?! É só mar do outro lado!)
Mas D. Pedro continuou a trocar juras de amor com D. Inês, correspondendo-se com frequência. (Não sei como seria nos dias de hoje!)
D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei D. Fernando I de Portugal. Ficando viúvo, D. Pedro mandou D. Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos, em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto do rei D. Afonso IV, seu pai. Começou então uma desavença entre pai e filho. (São coisas que acontecem!!!)
D. Afonso IV tentou remediar a situação, casando novamente o filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projecto. (Fazer do casamento um projecto! Está mal!)
Como qualquer casal, os filhos foram aparecendo provocando o escândalo na sociedade da altura... Até o próprio reino estava em perigo, porque havia perigo de o filho de D. Pedro e D. Constança perder o lugar de futuro herdeiro do trono, em favor dos filhos ilegítimos de D. Pedro e D. Inês. (Também não seria a 1ª vez em que membros da mesma família andariam às turras por causa do trono! Não se lembram da briga entre o D. Afonso Henriques e a sua mãe?)
Depois de alguns anos no norte de Portugal (sempre foi uma nação!), D. Pedro e D. Inês regressaram a Coimbra e instalaram-se no Paço de Santa Clara. Este fora mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel. Fora neste paço que esta rainha havia vivido os seus últimos anos. (É muito conhecimento histórico...)
Havia boatos que o príncipe tinha casado secretamente com D. Inês. Na família real, um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar D. Inês. (Foi mesmo uma decisão de Estado!) "A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de D. Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem D. Inês de Castro em Santa Clara.!" (Nem o grande José Hermano Saraiva contaria melhor!)
Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de D. Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
A morte de Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. (Foi a D. Beatriz que acalmou as coisas.)
Em 1357 D. Pedro tornou-se rei de Portugal. Perseguiu os assassinos de Inês (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados. Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França. (Há sempre gente com sorte!)
Segundo a lenda, o rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava. (Se foi verdade, foi muito forte!)
"A tétrica cerimónia da coroação e do beija na mão à rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte e tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI, depois da popularização do episódio d' Os Lusíadas. D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no Mosteiro de Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. Juntar-se-ia a ela em 1367 e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente."
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